SOBRE NÓS

Quem somos

Uma marca que celebra o talento e a diversidade.

A Bandim é uma plataforma multimarca feita de pessoas de mais de 30 origens diferentes e com um interesse em comum – a criação de produtos na área das indústrias criativas com base na sua herança cultural e com valor distintivo no mercado. São mais de 650 as pessoas, que desde 2018, entre Lisboa e Sintra, se juntaram, tendo o desafio comum de valorizar o que trazem das suas raízes, ganhar novas competências, inovar na criatividade e conquistar o mercado.

História

A nossa história começa em 2020. Estávamos em plena pandemia, sentimos que aumentou a necessidade de união e entreajuda. Um grupo de empreendedores juntou-se com o foco de conceber produtos para o mercado da saúde e bem-estar.

No pós-pandemia, com os laços reforçados, chegámos à conclusão de fazia sentido mapear as competências que tínhamos entre nós para começar a produzir produtos utilitários aliando diferentes áreas artesanais e criativas.

Durante os primeiros 3 anos, incubad@s nos projetos da Fundação Aga Khan, fomos percebendo e consolidando a nossa missão, visão e responsabilidade com o mundo que nos rodeia e, à luz disso, decidimos que era importante criampsr produtos que demonstrem o que de melhor é produzido por empreendedores que escolheram Portugal para viver, valorizando o artesanato e o trabalho criativo e promovendo a preservação das heranças culturais de cada um.

Com diversos apoios públicos e privados, o caminho percorrido levou à formalização, em 2022, da cooperativa Bandim. A cooperativa apoia pequenos negócios e empreendedores que pretendem melhorar a sua qualidade de vida e a das suas comunidades, através da criação de serviços e produtos, na área das indústrias criativas, tendo as heranças culturais como recurso de inovação e sustentabilidade.

Manifesto

HERANÇAS CULTURAIS COMO RECURSO DE INTEGRAÇÃO SOCIAL E SUSTENTABILIDADE ECONÓMICA EM CONTEXTO DE MIGRAÇÃO

As memórias e as heranças culturais que os indivíduos migrantes transportam consigo garantem a manutenção de um sentido de continuidade entre o passado e o presente, entre o lugar de partida e o lugar de destino, mesmo que ténue. A preservação, ainda que residual, das identidades culturais originais dos imigrantes pode contribuir para a sua integração social e sustentabilidade económica. Os seus conhecimentos, competências técnicas e saberes tradicionais são passíveis de se tornarem catalisadores de criatividade quando aplicados, em novos contextos socioculturais, à recriação de práticas artísticas e artesanais ou à criação de novos produtos.

Quando associados ao potencial de negócio das indústrias criativas, poderão constituir uma fonte de rendimento, um modo de melhorar as condições de vida das comunidades imigrantes. Ao estabelecerem uma via de diálogo e interação entre as culturas de origem e as culturas de acolhimento, também poderão tornar-se num fator de inovação, empoderamento e integração.

Para que assim suceda, há que ter em conta que apesar das heranças culturais serem atualmente consideradas um relevante ativo económico, possível gerador de novos tipos de serviços (diretos e indiretos) e de produtos, também são recursos com impactes sociais e culturais, e que a sua preservação e transmissão constituem uma responsabilidade tanto individual como coletiva. Queremos que o recurso ao potencial económico das heranças culturais contribua efetivamente para um desenvolvimento sustentável e equitativo, em sociedades cada vez mais dinâmicas e complexas.

Objetivos

1Promover a consciencialização do potencial económico e social das heranças culturais.
2Contribuir para um desenvolvimento sustentável, mais justo e equitativo.
3Consciencializar que os direitos relativos às heranças culturais são inerentes ao direito de participar na vida cultural das sociedades de acolhimento.
4Contribuir para o conhecimento da pluralidade das heranças culturais, memórias e identidades.
5Contribuir para o enriquecimento da diversidade cultural das sociedades de acolhimento.
6Promover a diversidade cultural.
7Contribuir para o diálogo entre culturas e religiões.
8Que todas as formas de herança cultural constituam um recurso partilhado de memória, identidade, compreensão, coesão e diversidade.
9Promover a criatividade contemporânea.
10Aproximar a cultura do passado de uma sociedade cada vez mais diversa e complexa.
11Diminuir as distâncias entre alta cultura e baixa cultura, cultural popular e cultura erudita, contemplação e utilidade, produção e consumo.
12Contribuir para o desenvolvimento humano e para a qualidade de vida.
13Contribuir para uma sociedade mais democrática e pacífica.

Princípios

1A preservação das heranças culturais é um processo dinâmico, contínuo e permanente.
2Todos os membros de uma sociedade, individual ou coletivamente, têm o direito de, participar na preservação e enriquecimento das heranças culturais, assim como beneficiar da sua utilização como recurso do presente.
3Cada indivíduo tem o direito de participar livremente na vida cultural e de interagir como lhe aprouver com a herança cultural da sua escolha.
4Todos os indivíduos têm a responsabilidade de respeitar as heranças culturais dos outros tanto como as próprias.
5Todas as heranças culturais devem ser tratadas com equidade.
6A diversidade de interpretações das heranças culturais deve ser respeitada.
7Contribuir para melhorar a qualidade do trabalho através do estabelecimento de critérios de qualificação profissional e acreditação de indivíduos, negócios e instituições.
8Promover a formação profissional ao longo da vida e as trocas de conhecimentos e competências, dentro e fora dos sistemas educacionais.
9A preservação das heranças culturais enquanto responsabilidade social partilhada.
10Uma reflexão crítica sobre os modos e os meios de transmissão, partilha e utilização das heranças culturais.
11Evitar as interpretações superficiais e indocumentadas do passado.
12Quando estiver em causa a atribuição de valores contraditórios à mesma herança cultural, contribuir para um processo de conciliação por via do estabelecimento de uma reflexão crítica, debate ou diálogo.
13Contribuir para a coexistência pacífica de heranças culturais distintas.
14Utilizar as heranças culturais como meio de dar a conhecer a diversidade cultural e a pluralidade de identidades e memórias.
15Utilizar as heranças culturais como recursos que promovam uma coexistência pacífica, o diálogo, a mútua confiança e compreensão.
16Utilizar as heranças culturais como meio de prevenção e resolução de conflitos.
17Contribuir para a diversidade cultural contemporânea.
18Contribuir para a criação e inovação contemporâneas de qualidade, sem comprometer valores culturais fundamentais.
19Embora a relação entre passado e presente, tradição e modernidade, seja dinâmica e deva ser crítica, mantém- se o dever de respeitar e contribuir para a compreensão de todos os valores, contextos e identidades culturais envolvidos.
20Todo o processo criativo deve ser registado e documentado pelos meios disponíveis e considerados adequados.
21Acompanhar os bens e serviços criados ou produzidos de materiais de suporte(catálogos, exposições, publicações, etiquetas, embalagens, postais, páginas digitais, etc.) que integrem informação relativa ao conhecimento das heranças culturais que lhes serviram de referência.
22Contribuir para o estabelecimento de canais, formais e informais, de conhecimento, informação, formação e debate.
23A criação ou recriação contemporânea de produtos artesanais e / ou tradicionais pode implicar, por razões de viabilidade económica e exequibilidade, a utilização de materiais novos ou mais sustentáveis, a melhoria das tecnologias utilizadas ou a sua adaptação às tendências de mercado.No entanto, as inovações necessárias devem ter em consideração significado cultural fundamental do bem ou serviço em causa.
24Contribuir para a criação de uma cadeia produtiva economicamente justa e dignificadora do trabalho artesanal e tradicional.
25A utilização das heranças culturais como recurso de sustentabilidade e integração deve contribuir para a promoção e manutenção dos valores da liberdade, igualdade, tolerância e justiça económica.

MODELO

APOIOS E PARCERIAS

APOIOS E FINANCIAMENTOS

Em qualquer negócio as parcerias são fundamentais para prosperarem, para chegarem a diferentes mercados e para poderem escalar as suas produções.

A Bandim tem estado, desde o início, incubada nos projetos de empreendedorismo promovidos pela Fundação Aga Khan Portugal. Até hoje, fomos beneficiários dos programas:

Estes programas permitiram-nos aceder a uma série de apoios e financiamentos que foram fundamentais e a criar uma importante rede de parceiros.

PARCERIAS

As empresas parceiras têm tido um papel importante no apoio aos artesãos e em alavancar as unidades produtivas da nossa cooperativa.

Como podem as empresas e particulares apoiar a Bandim:

1Apoio financeiro: por via de doações monetárias ou materiais. Este apoio será destinado ao incentivo e à manutenção da atividade artesanal e na ajuda a responder à perda de rendimento provocada pela crise que, desde o cenário pandémico da Covid 19, se tem traduzido numa diminuição de oportunidades de comercialização e de geração de rendimento para artistas e artesãos.
2Colaboração criativa: desafiamos designers e criativos que queiram colaborar connosco na conceção e desenvolvimento e produtos únicos e inovadores. Podem fazê-lo cocriando com a marca coletiva Bandim, ou cocriando com artistas individuais da cooperativa.
3Outras formas de colaboração: entendemos que estamos em constante mudança e que existem formas diferentes e distintivas de colaborar que não queremos perder. Desafia- nos!